A coragem de trabalhar com quem amamos

Eu amo o meu marido mas seria incapaz de trabalhar com ele. Não é duro ler tal frase porque tanto um como o outro
bantumen

Eu amo o meu marido mas seria incapaz de trabalhar com ele.

Não é duro ler tal frase porque tanto um como o outro sabemos a matéria de que somos feitos; ambos estamos muito conscientes disso e tal facto só contribui para a felicidade da nossa relação. Agora, considerando o contexto em que vivemos em que as formas de estar no ambiente de trabalho são cada vez mais questionáveis, deveremos forçar a relação em qualquer ambiente?

Por ser uma pergunta retórica, não tenho propriamente resposta. Tenho antes elogios porque acredito, genuinamente, que quem escolhe trabalhar com quem ama, é corajoso.

Eliana Silva, Comunicadora e co-fundadora do Marcas por Escrever.

Corajoso porque, à partida, terão os dois a mesma fonte de rendimento (mesmo que estejam em departamentos diferentes); corajoso porque serão obrigados a separar os assuntos pessoais dos profissionais; corajosos, porque serão exemplos; corajoso, porque dentro das paredes do escritório ou no destinatário de e-mail, poderá haver hierarquia; corajoso, porque nas empresas há um aparelho que determina o final do expediente e nos casais não.

A verdade é que no mundo corporativo exaltamos, cada vez mais, a importância da empatia, e segundo alguns experts essa é uma das qualidades mais valorizadas mais do meio corporativo. E do ambiente pessoal? Percebem o que eu digo?

As fronteiras são muito ténues e honestamente, quem tem a capacidade de o fazer fria, objectiva e racionalmente, devia de passar esse conhecimento a todos os profissionais (mais do que não seja para cada um de nós compreender aquilo que está disposto ou não a fazer).

Voltemos aos exemplos pessoais. A minha mãe e a minha irmã são as minhas melhores amigas mas eu seria incapaz de trabalhar com elas. Será falta dessa coragem de quem ama? Não sei. Acredito que também possa ser autoconhecimento.

No final do dia, amar é um acto de coragem, quer seja no meio corporativo ou não. As cedências, a necessidade de nos colocarmos no lugar dos outros, a compreensão das necessidades dos outros, tudo isto em prol de uma relação saudável, qualquer que seja o ambiente.

O casal na foto é fundador de um dos maiores projectos editoriais dos últimos tempos, a Bantumen.

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